(Maroquinha e Lio: casa de Tio Demilton e tia Narda)
Em 28 de junho de 1982, ganhei um lindo presente: Meu primo-irmão Felipe, ou simplesmente, Lio. Com ele, meu herói, aprendi a nadar (nunca fiz tão bem quanto ele, mas já não morro afogada rsrsr...), aprendi a subir em árvores, a sonhar e dar boas risadas.
Minha infância é repleta de lindas histórias: na praia, na casa dos nossos avós, na primeira vez que fomos ao cinema São Luiz e ao Rio de Janeiro, nas festas de carnaval, São João, viagens, namoros... Mas nenhuma dessas histórias teriam a menor graça se ele não estivesse por perto, se ele não fosse meu parceiro.
O tempo passou, hoje não nos vemos com a mesma frequência de antes e nossas vidas seguiram rumos distintos: ele casou, eu continuo colecionando namorados; ele com filho e eu cheia de sobrinhos e afilhados; ele surfando, e eu na areia; ele em família, e eu na estrada; ele no churrasco, eu na passeata... Mesmo assim, sempre juntos!
Sou madrinha do casamento dele,( e a que pegou o buquê kkk...) sou a tia do João, a 'cumadi' da Vanessa, sou a irmã, a prima, a admiradora... Aquela que sempre vai está as ordens seja para chorar e arrumar soluções mirabolantes para os problemas, seja para as crises de risos, crise essa que o tempo não levou, basta meia horinha juntos, e pronto, a gargalhada corre solta.
Corre solta porque em cada gesto, em cada ligação telefônica, em cada momento juntos eu me recordo: "há um passado no meu presente, um sol bem quente lá no meu quintal, toda vez que a bruxa me assombra o menino me dá a mão...". Sou muito feliz em ter você por perto, e por tanto tempo.
Feliz aniversário, meu querido!
Bola de meia, Bola de gude
(Milton Nascimento)
Há um menino
Há um moleque Morando sempre no meu coração Toda vez que o adulto balança
Ele vem pra me dar a mão
Há um passado no meu presente
Toda vez que a bruxa me assombra
O menino me dá a mão
E me fala de coisas bonitas
Que não deixarão de existir
Amizade, palavra, respeito
Caráter, bondade alegria e amor
Pois não posso
Não devo
Não quero
Viver como toda essa gente
Insiste em viver
E não posso aceitar sossegado
Qualquer sacanagem ser coisa normal
Bola de meia, bola de gude
O solidário não quer solidão
Toda vez que a tristeza me alcança
O menino me dá a mão
Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto fraqueja
Ele vem pra me dar a mão
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