8 de março de 2012

As meninas da UJS são as mais lindas flores do 8 de março.



Mulheres em Luta por uma Nova Sociedade

Apesar das dificuldades, a trajetória de lutas das mulheres brasileiras é marcada por muitas conquistas. Há 80 anos garantimos nosso direito ao voto e, cada vez mais, avançamos na ocupação de espaços em uma sociedade predominantemente machista. Porém, os avanços ainda são tímidos; para que tenhamos a efetiva superação das desigualdades, existe um longo caminho a ser percorrido. No Dia Internacional da Mulher, além de comemorarmos as conquistas, sairemos às ruas para lutar por mais direitos e pelo fim das opressões.
Entendemos que a opressão econômica sobre as mulheres é um problema estrutural do capitalismo, por isso, neste 8 de março, reforçamos a luta por um novo projeto nacional de desenvolvimento, com distribuição de renda, valorização do trabalho e ampliada participação feminina. A construção de uma nova sociedade só se torna possível com o combate à precarização do trabalho, com a valorização do salário mínimo e a garantia de salário igual para trabalho igual.

Na direção contrária ao desenvolvimento nacional que almejamos, o ajuste fiscal anunciado pelo governo para combater a crise financeira é repudiado por nós, mulheres, que pagamos o preço mais alto de tal medida: somos as primeiras nas filas de demissões; e além de termos que dar conta do trabalho doméstico, que é naturalizado como obrigação feminina, carecemos das funções sociais que, teoricamente, deveriam ser oferecidas pelo Estado. Esta situação é reflexo da ideologia capitalista, conservadora e patriarcal que relega as mulheres à esfera privada, ao mesmo tempo que contribui para o avanço da prostituição e da violência contra nós.

Nossa luta reivindica uma consistente participação do Estado na garantia de políticas públicas de acesso à saúde, educação, transporte, terra e moradia, determinantes para reverter as difíceis condições sociais impostas às mulheres trabalhadoras. Só com 10% do PIB para educação poderemos garantir ensino de qualidade, creches públicas e gratuitas para as crianças brasileiras. Pelo fim de todos os tipos de violência contra a mulher, defendemos a efetivação da Lei Maria da Penha. Para que findem as mortes e sequelas causadas pelo aborto inseguro e clandestino, lutamos pelo SUS e pela descriminalização e legalização do aborto, que deve ser entendido como questão de saúde pública.

Com a certeza de que o protagonismo das mulheres é essencial para a construção de um novo mundo, sublinhamos a importância da participação feminina nos espaços de poder e de decisões políticas. Somente com organização e luta, conseguiremos combater as desigualdades históricas que, em pleno século XXI, continuam a nos agredir.

Em 8 de março, vamos à luta contra a violência, por mais direitos e por um mundo melhor. Viva o Dia Internacional da Mulher!

Bianca Rihan- 8 de março de 2012.

Texto do site da UJS:

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